sexta-feira, 26 de junho de 2009

Quinua, o alimento perfeito!


.
Você já ouviu falar dela? Então prepara-se: nutricionalmente é considerado um super grão, apesar de não ser realmente um grão mas a semente de uma planta folhosa, que é próxima á família do espinafre.
.
O interessante é que cresce em solo árido e altitudes acima de 3000 metros. Era um dos principais alimentos dos Incas e considerado um grão sagrado, chamado de o pequeno arroz dos Incas, porque suas sementes são brancas e se cozinha da mesma maneira que o arroz.
.
Qualificada como o melhor alimento de origem vegetal para consumo humano pela Academia de Ciências dos Estados Unidos, foi selecionada pela Nasa para integrar a dieta dos astronautas em vôos espaciais de longa duração, por seu extraordinário valor nutritivo, comparável apenas ao leite materno.É considerado hoje como um dos melhores alimentos de origem vegetal para o homem, incluindo seu alto teor de proteínas e aminoácidos essenciais, aqueles que precisamos consumir através da alimentação, pois não são produzidos pelo organismo.
.
Todos os aminoácidos essenciais estão presentes e balanceados. Tem alto teor de lisina, um aminoácido que é raro no mundo vegetal. A espécie mais comercializada é a Quinua Real.
.
A quinua contém mais proteínas que qualquer outro grão, com cerca de 16,2% comparados com 7,5% do arroz e 14% do trigo.
.
A Organização Mundial de Saúde comprovou que a qualidade da proteína da quinua é equivalente à do leite. Oferece mais ferro que outros grãos e contém altos níveis de potássio e riboflavina, como também vitaminas do complexo B como a B6, niacina e tiamina.
.
Ainda contém magnésio, zinco, cobre, manganês e ácido fólico. Tem mais quantidade de cálcio que qualquer outro grão. Meia xícara (chá) do grão cru contém 51mg de cálcio enquanto que o trigo integral tem 28mg.
.
Contém ainda amidos, açúcares, óleo, fibra, minerais e vitaminas. É digestivo e cozinha em cerca de 15 minutos. Pode ser utilizado em saladas, sopas,ensopados etc.
.
Você encontra a quinua em grãos ou em forma de farinha.
.
Propriedades Nutricionais:
.
=======================================
.
QUINUA REAL (100g)
.
Calorias ---------------------------------------------- 318
Proteínas -------------------------------------------- 23g
Carboidratos --------------------------------------- 74,3g
Gorduras Totais ----------------------------------- 4,9g
Gorduras Monoinsaturadas --------------------- 1,3g
Gorduras Polinsaturadas ------------------------ 2,0g
Vit. B1 ----------------------------------------------- 30mg
Vit. B2 ----------------------------------------------- 28mg
Vit. B3 ----------------------------------------------- 7mg
Vit. C ------------------------------------------------ 3mg
Vit. E ------------------------------------------------ 4,1mg
Fósforo --------------------------------------------- 387mg
Potássio -------------------------------------------- 697mg
Cálcio ----------------------------------------------- 127mg
Magnésio ------------------------------------------ 270mg
Ferro ------------------------------------------------ 54mg
Cobre ----------------------------------------------- 3,7mg
Manganês ------------------------------------------ 7,5mg
Zinco ------------------------------------------------ 7,8mg
Sódio ------------------------------------------------ 11,5mg
.
Fonte: Anapoui – Associacion Nacional de Productores de Quinua - Bolívia
.
Além desses nutrientes, veja como é rico em aminoácidos:
.
=======================================
.
QUINUA REAL (100g)
Histidina ------------------------------------------- 4,6
Isoleucina ----------------------------------------- 7,0
Leucina -------------------------------------------- 7,3
Lisina ---------------------------------------------- 8,4
Metionina ----------------------------------------- 5,5
Fenilalanina -------------------------------------- 5,3
Treonina ------------------------------------------ 5,7
Ácido Aspártico ---------------------------------- 8,6
Ácido Glutâmico --------------------------------- 16,2
Triptofano ---------------------------------------- 1,2
Valina --------------------------------------------- 7,6
Cisterina ------------------------------------------ 7,0
Tirosina ------------------------------------------- 6,7
Argina --------------------------------------------- 7,7
Serina --------------------------------------------- 4,8
Prolina -------------------------------------------- 3,5
Glicina --------------------------------------------- 5,2
Alanina -------------------------------------------- 4,7
.
Fonte: Anapoui – Associacion Nacional de Productores de Quinua - Bolívia
.
Se você nunca comeu a quinua, é hora de começar! Num supermercado perto de você.
.
PS.: Resta saber se o sabor é bom, mais ai ja é querer demais.

terça-feira, 23 de junho de 2009

TREINANDO O PEITORAL

O Músculo peitoral maior é um músculo localizado no tórax. Apresenta três inserções proximais, nas cartilagens costais, no esterno e na clavícula. As inserções nas costelas e esterno formam a cabeça esternocostal. A inserção na clavícula forma a cabeça clavicular. A inserção distal se dá no lábio lateral do sulco intertubecular do úmero. Suas ações principais são a rotação medial e adução do braço, mas tambem estão envolvidos na flexão e extensão deste membro. A sua inervação faz-se, essencialmente, pelos nervos peitorais lateral e medial, provenientes de fascículos do plexo braquial.
.
Recomenda-se treinar o grupo peitoral com exercícios que desenvolvam os deltóides. Haja visto que trabalhando o peitoral, os deltóides também sofrerão um impacto por tais exercícios. Sendo assim, os exercícios se complementariam de forma distinta.
.
Alguns dos exercícios mais conhecidos pelos fisiculturistas:
.
Supino Reto.
.
O clássico entre os exercícios que trabalham o peito. O supino reto solicita todas as fibras do peitoral, ou seja, trabalha o peito todo durante a sua execução, mas em especial, trabalha as fibras médias. A execução desse exercício é simples, mas como qualquer outro exige perícia e cautela em suas repetições. Deve-se apoiar o corpo em um banco reto, tentando manter ao máximo a coluna ereta. Muitos fisiculturistas arqueiam as pernas para tornar a execução mais precisa, embora outros desaprovem essa atitude. Na execução das repetições, ao contrário do que muitos pensam, não é preciso descer a barra até o peitoral, mas sim manter um ângulo de 90° entre o braço e antebraço. Isso seria mais viável pois não acarretaria um suposto "descanso" quando a barra encostasse no peito. Além de trabalhar o peito, esse magnífico exercício trabalha também uma porção do tríceps, (vide ilustração).
.
Nível do exercício: Básico.
.
Supino inclinado.
.
Outra espécie de supino, só que neste caso, destinado a desenvolver a parte superior do peitoral. Isso não quer dizer que ele não trabalhe o restante do grupo, mas em especial a parte superior. Não é necessário descer a barra até encostar no peitoral, mas é interessante descê-la a altura de uns dois dedos até o limite do peitoral. Assim como o supino reto, ele também trabalha uma porção do tríceps.
.
Nível do exercício: Intermediário.
.
.
.
Supino declinado (Canadense).
.
Variante interessante ao exercício anterior destinado a melhorar a simetria. Também envolve mais fibras musculares a fim de resolver problemas de equilíbrio que este exercício coloca.
.
Nível do exercício: Intermediário e avançado.
.
.
.
.
.
.
.
Crucifixo Inclinado.
.
Chegou a hora de fibrar, rasgar tudo mesmo. As séries que envolvem crucifixos, são basicamente para isso. Não quer dizer que não haja ganhos de musculatura na execução, mas um considerável ganho e uma ótima definição. As séries de crucifixo são: Crucifixo Reto, Inclinado e Declinado, assim como as série de supino. Pra falar a verdade, tais exercícios se complementam, supinos ganham musculatura, crucifixos "cortam" a musculatura proporcionada pelo supino. Não há necessidade que o ângulo de execução seja de 180°, uma execução correta e precisa seria como a imagem que ilustra esse exercício. Mais uma vez deve-se ter atenção com os cotovelos, eles são os mais prejudicados na execução de exercícios assim.
.
Nível do exercício: Intermediário e avançado.
.
Supino reto com pegada fechada.
.
Este exercício também pode ser incluído na seção de desenvolvimento dos deltóides anteriores. Pela ilustração pode-se notar um envolvimento considerável dos tríceps. A maior mudança que este exercício tem, é a posição de pegada na barra, observem que não deve ser mais do que o espaço de dois punhos fechados. Atenção quanto a posição dos cotovelos a fim de evitar lesões.
.
Nível do exercício: Intermediário.
.
.
.
.
.
.
.
.
Supino inclinado com halteres.
.
Esse exercício poderia encontrar-se igualmente na seção dos deltóides. Pode ser executado deitando-se no banco declinado, (vide Supino Declinado). A atuação desse exercício é a mesma do supino inclinado, só que de uma forma mais concentrada, devido ao esforço extra em equilibrar os halteres. Seria bom que fizessem uma série de 10 repetições de elevação lateral na posição inclinada, e logo após, executar este exercício, garanto que é sofrimento garantido.
.
Nível do exercício: Intermediário.
.
.
.
.
.
.
.
Pullover com barra deitado.
.
Outro exercício para a parte do peitoral, só que bem mais completo. Observem pela ilustração as partes trabalhadas por ele. Veremos que trabalha toda a porção peitoral, uma porção do tríceps, e uma parte dorsal (asa), além de trabalhar a parte frontal dos deltóides, que não tem um bom ângulo de visão pela ilustração. A execução consiste em deitar-se em um banco reto, manter a coluna ereta e uma leve angulação dos cotovelos de modo que o braço não fique totalmente reto e nem muito curvado. Alguns fisiculturistas executam esse exercício de forma errada, descendo a barra muito além do nível da cabeça. Não é preciso mais que isso pra que se tenha um bom resultado, basta observar bem a ilustração. Descer a barra além da conta só irá lhe causar uma bela lesão nos cotovelos.
.
Nível do exercício: Intermediário e avançado.
.
Pullover com haltere.
.
Nesse exercício, nota-se claramente a semelhança com o anterior que foi descrito por mim, o Pullover com barra. Mais uma vez a diferença entre barra e haltere está na força extra que é usada para o equilíbrio do haltere. Notem pela ilustração que executando o Pullover com haltere, podemos descer mais o peso além do nível da cabeça, pois o haltere facilita mais sem forçar tanto os cotovelos, mas não é por isso que devemos dispensar a atenção a eles.
.
Nível do exercício: Intermediário e avançado.
.
.
.
Voador frontal.
.
Outro clássico entre os exercícios que trabalham o peitoral. Consiste em sentar no banco com o dorso bem apoiado no encosto, de modo que mantenha a coluna ereta. É um exercício simples de ser executado, mas não menos eficiente em relação a qualquer outro. Nas repetições, as fibras se contraem quando a posição do voador está "fechada", e se alargam quando está aberta (vide ilustração). Trabalha uma pequena porção dos deltóides, basicamente a parte frontal.
.
Nível do exercício: Básico.
.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

É possível ganhar massa muscular e perder gordura corporal ao mesmo tempo?

Em meu cotidiano como nutricionista clínico esportivo, é muito comum o indivíduo entrar em meu consultório e já deixar bem claro:

.

- Eu quero ganhar massa muscular, mas também quero perder gordura corporal ao mesmo tempo!

.
Sem dúvida, o desejo da maioria das pessoas que procuram uma academia é a queima de gordura corporal associada ao ganho de massa muscular. Mas esses dois objetivos são possíveis de ocorrer no organismo humano concomitantemente?
.
Sim, mas normalmente será necessária a otimização dos hormônios anabólicos e do controle do hormônio catabólico cortisol, mesmo que seja por meio farmacológico. Pois, em um organismo em condições normais, é muito difícil utilizar gordura enquanto se constrói massa muscular. Veja que um organismo em déficit calórico, condição necessária para que a gordura seja utilizada, irá concentrar seus esforços no reabastecimento de glicogênio para o funcionamento fisiológico normal, portanto, a construção muscular ficará em segundo plano.
.
Existe um caso especial, no qual se observa aumento de massa magra e redução de gordura corporal em níveis significativos, ao mesmo tempo. Esse período coincide exatamente com o início de um programa de treinamento em indivíduos absolutamente destreinados. Sabemos que quanto mais próximo do início, maiores são os ganhos, e quanto mais distante, mais sutis são esses ganhos, devido a um maior acionamento de unidades motoras e ativação subseqüente de células musculares dormentes. Passado este período inicial adaptativo, a tendência seria os ganhos atingirem patamares reduzidos, dificultando a aquisição de tecido magro concomitantemente com a redução da gordura corporal.
.
O que fazer então?
.
Considerando passada a etapa inicial de adaptação, deve-se periodizar o trabalho nutricional do indivíduo em algumas etapas (variando entre fase de ganho de massa magra e fase de redução de gordura corporal), estando estas de acordo com a condição física atual, o objetivo e principalmente o treinamento. Vale lembrar da importância do nutricionista esportivo estar sempre em contato com o preparador físico para ocorrer a melhor sinergia possível entre dieta e treino. Inclusive, a presença do nutricionista na própria academia auxilia muito nesse caso.
.
Em um passado não muito distante, era comum a adesão a uma dieta super-hipercalórica para ganho de massa magra durante determinado período, seguido de um trabalho para redução de gordura corporal. Ocorria que na etapa de dieta super-hipercalórica, era comum a aquisição de muita gordura corporal em conjunto com a aquisição de massa magra. Portanto, o período de redução da gordura corporal acabava sendo longo e árduo, proporcionando uma inevitável perda da massa magra arduamente adquirida.
.
Recomenda-se que um trabalho para ganho de massa magra seja realizado de maneira controlada, monitorando a dieta de modo a proporcionar apenas a hipertrofia muscular, evitando com isso o acúmulo de gordura. Caso o indivíduo apresente-se no início do projeto com uma quantidade elevada de gordura corporal, deve-se adequar este teor de gordura antes de iniciar o trabalho específico de hipertrofia.
.
Para melhor avaliação, a simples aferição do peso na balança torna-se imprecisa, pois, em termos volumétricos, uma quantidade determinada de gordura pesa bem menos do que o mesmo volume de massa muscular. Em outras palavras, uma mesma variação volumétrica de gordura corporal representa uma alteração menos significativa na balança, se comparado com a variação volumétrica em massa muscular. Por isso, em praticantes de atividade física, a discriminação da composição corporal por um profissional habilitado é recomendada.
.
Para ilustrar toda esta teoria, analisaremos alguns exemplos fictícios, porém extremamente comuns no dia a dia nas academias
.
Exemplo 1
.
Individuo do sexo masculino com 90 kg de massa corporal, 170 cm de estatura, estando com 30 kg de gordura corporal, sendo que destes, 20 kg foram considerados em excesso. Sua massa magra é de aproximadamente 60 kg. Objetivo: ganho de massa magra e redução da gordura corporal, visando atingir em torno de 80 kg de massa corporal com um teor ideal de gordura corporal (estimado em 10 kg).
.
Portanto, para atingir seu objetivo, nosso indivíduo exemplo necessita eliminar 20 kg de gordura corporal e aumentar 10 kg de massa magra em condições naturais. Logicamente, não consideraremos nesses exemplos o uso de qualquer recurso ergogênico farmacológico.
.
A primeira medida a ser tomada nesse caso seria a redução do excesso de gordura corporal. Como temos uma quantidade relativamente grande de gordura corporal a ser perdida, poderemos inicialmente propor uma dieta hipocalórica associada a um adequado treinamento (musculação + aerobiose controlada) pelo período de 15 semanas. Considerando uma redução em torno de 1 kg de gordura corporal por semana, ao término dessa primeira etapa, o indivíduo deveria apresentar-se com 75 kg de massa corporal (90 kg de massa corporal – 15 kg de gordura corporal).
.
Muitas pessoas podem achar esse processo de perda de gordura muito lento, pois acham que quanto mais rápido melhor. Nesta ignorância, essas pessoas acabam fazendo dietas nas quais ocorre uma redução de 3, 4, até 5 kg por semana. Em vez de ficarem felizes quando atingem uma perda como essa, deveriam na verdade ficar muito tristes, pois, com certeza, a maior parte dessa perda terá sido de líquido e massa magra. Devemos corrigir o conceito de perda de peso. Ou seja, perder peso definitivamente não é igual a perder gordura!
.
Essa primeira etapa poderia ter duração de 20 semanas, pois dessa forma, eliminaríamos todo o excesso de gordura do nosso indivíduo exemplo. Porém, se já é difícil manter uma dieta hipocalórica por 15 semanas. Certamente, por 20 semanas seria ainda pior. Nesse caso acaba sendo interessante dividirmos a etapa de redução da gordura corporal em duas. Isto logicamente não seria necessário quando o excesso de gordura apresenta-se menor, em torno de dez quilos, por exemplo.
.
Passaremos então para a segunda etapa do projeto.
.
Iniciando um trabalho de hipertrofia muscular, poderemos adquirir em torno de dois quilos de massa muscular isenta de gordura por mês. Portanto, após 20 semanas (cinco meses) seguindo um trabalho controlado, nosso indivíduo exemplo apresentar-se-ia com 85 kg de massa corporal, com apenas 5 kg de gordura corporal em excesso.
.
A terceira fase de nosso projeto seria basicamente de definição muscular, tendo a duração de apenas cinco semanas. Vale ressaltar que confiar em estratégias de treino para tornar o corpo mais definido é possível, desde que a dieta seja estritamente controlada e estável. A partir daí poderemos aumentar o gasto calórico com a implementação do exercício físico. Este ajuste deve ser muito preciso, pois um pouco mais de intensidade ou volume no treino, pode solicitar mais massa muscular do que gordura como fonte de energia, provocando o catabolismo. Com a introdução de uma dieta hipocalórica associada ao devido treinamento, obteríamos como resultado os desejados 80 kg de massa magra com uma quantidade de gordura corporal adequada. Ou seja, todo o projeto teria a duração de 40 semanas (dez meses). A última fase é a mais detalhada do projeto, visto que a perda de massa magra conquistada não deveria ocorrer. Para isto, seria necessário um treinamento adequado associado a uma dieta hiperprotéica com a presença de alguns suplementos nutricionais anti-catabólicos.
.
Exemplo 2
.
Indivíduo do sexo feminino com 60 kg de massa corporal e 165 cm de estatura, estando com um teor de gordura corporal adequado. Objetivo: ganho de massa magra, visando atingir 63 kg de massa corporal, mantendo estável sua quantidade absoluta de gordura corporal.
.
Um trabalho como este pode ser realizado em um curto período. Com um programa nutricional ajustado ao treinamento de hipertrofia, nosso exemplo atingiria seu objetivo aproximadamente em torno de seis e oito semanas. Mesmo não reduzindo sua gordura corporal absoluta, sua quantidade de gordura relativa reduziria, devido ao aumento na massa corporal.
.
Exemplo 3
.
Indivíduo do sexo masculino com 50 kg de massa corporal, 170 cm de estatura, estando com um teor de gordura corporal adequado. Objetivo: ganho de massa magra, visando atingir 70 kg de massa corporal, mantendo estável sua quantidade absoluta de gordura.
.
Esse terceiro exemplo apresenta um indivíduo bem magro. Seu trabalho deveria ser realizado em um longo prazo, mas desde o início, evitando ao máximo o acúmulo de gordura. Considerando um acréscimo de 500 gramas de músculo por semana (o que seria formidável), podemos estimar que em 40 semanas com um treino de hipertrofia, o objetivo seria alcançado. Isto equivale a um ano inteiro de trabalho, pois podemos somar a estas 40 semanas pelo menos 8 semanas com um treino regenerativo (variável de acordo com a periodização imposta pelo professor de educação física/personal trainer).
.
Este espaço temporal pode parecer muito grande para alguns mais afoitos. No entanto, vamos analisar de outro modo: com uma dieta super-hipercalórica, certamente a massa corporal deste indivíduo aumentaria de maneira mais significativa. Porém, grande parte deste ganho, seria certamente na forma de gordura corporal. Ou seja, teríamos de iniciar um longo programa de perda de gordura corporal após todo o processo de hipertrofia. Lembrando que neste processo a chance de perda de parte da massa magra conquistada seria grande.
.
Está claro que o melhor realmente é crescer com qualidade, para não ter que correr atrás do prejuízo semanas antes de ir para a praia ou a outro evento qualquer.
.
Conclusão
.
Pode-se concluir que ganhar consideravelmente massa muscular e perder muita gordura corporal concomitantemente, infelizmente não é possível, salvo nas condições citadas no início deste artigo. Consistência e disciplina nos treinos são fundamentais. Considere que pouco adianta treinar com a devida intensidade, perfeita forma de execução e alimentação super balanceada por um determinado período, e em outros, desestimular-se e passar a treinar sem disciplina. Tem muita gente que treina semana sim, semana não ou mês sim, mês não. O ideal é procurar os serviços de profissionais devidamente habilitados, para que estes em conjunto, elaborem a melhor estratégia a médio/longo prazo.
.
Rodolfo Peres
nutricionista esportivo

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A Utilização da Barra W

A barra w e a barra reta desenvolvem grandes bíceps, mas será que uma é melhor do que a outra?
.
A pergunta: Ultimamente comecei a utilizar barra W para meus treinos de bíceps em pé e no banco Scott, mas não consigo utilizar mais peso do que com a barra normal. Isso é normal ou deveria conseguir utilizar mais peso com a barra W?
.
O teste: Um grupo de culturistas treinados determinou a carga máxima (1RM) de cada um para 10 repetições com a barra W e com a barra reta. Em seguida, a média de cada um foi comparada. Metade dos atletas não mostrou nenhuma diferença de força entre a barra W e a barra reta. A outra metade mostrou uma diferença mais significativa, conseguiram produzir muito mais força utilizando a barra reta do que ao utilizar a barra W.
.
Discussão: O desenho e formato de um W proporcionam um agarre mais fácil e melhor posição do punho, mas isso não implica em conseguir levantar mais carga. A barra W não oferece vantagens para aplicação de força durante flexões de cotovelo na posição em pé, talvez pelo fato de a barra reta enfatizar a porção curta do bíceps um pouco mais do que a longa, enquanto a barra W faz o oposto.
.
Como um músculo consegue produzir mais força quando parte da posição de pré-estiramento (relação força-comprimento da contração muscular), a porção longa do bíceps (que atravessa a articulação do ombro e está inserida na escápula) não fica na melhor posição para produzir força nas flexões em pé. Por outro lado, a porção curta do bíceps fica numa posição para produzir força nas flexões em pé.
.
Além disso, a variação da posição da articulação radio-ulnar (pronação, supinação ou posição neutra) interfere diretamente na produção de força do bíceps, porque esse músculo também participa da supinação radio-ulnar e, por isso fica com comprimentos diferentes em cada posição da mão na barra W ou mesmo na barra reta.
.
Pensamento final: Quando se trata de treinar bíceps, a regra segue sendo a mesma: utilize diversos exercícios para estimular o desenvolvimento muscular de todas as porções do músculos. Ainda que tenha que utilizar manos peso com a barra W, isso não significa ter que optar sempre pela barra reta. A utilização de ambas as barras produzirá o desenvolvimento máximo das duas porções do bíceps e maior hipertrofia do braço.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Musculação x Aeróbico: Um interfere no resultado do outro?

.
Quase todos os que praticam atividade física participam do que chamamos de treinamento concorrente, ou seja, o quanto uma atividade física interdere na outra. Alguns estudos indicam que o treinamento concorrente afeta o subseqüente desenvolvimento de força e potência, enquanto outros estudos sugerem que não existe interferência do treinamento concorrente sobre o desempenho de força ou potência aeróbica.
.
Atualmente, o resultado mais consistente na literatura sobre o treinamento concorrente é a atenuação do ganho de força e potência em comparação com o treinamento de força isolado. O principal problema seria que o músculo tenta adaptar-se a ambos os estímulos. No entanto, isso não é possível porque as adaptações ao treinamento dito como aeróbico são muito mais brandas com as observadas durante o treinamento de força.
.
Aliado à isso o treino simultâneo atrapalha o rendimento dos dois tipos de valências físicas relacionadas, pois o treinamento concorrente propicia adaptações enzimáticas, endócrinas, neuro-musculares diferentes no músculo esquelético, em contraste as adaptações observadas normalmente quando cada modalidade é executada isoladamente, sendo mais prejudicada a modalidade que fosse executada posteriormente.
.
O fator principal a ser visto é a depleção do glicogênio muscular, quando fazemos alguma atividade física como a musculação ou aeróbico prolongado esses estoques são reduzidos, a capacidade de execução do exercício aeróbico é diretamente proporcional à concentração inicial de glicogênio muscular.
.
Portanto vale observar bem o objetivo, se for apenas perder peso não precisa se preocupar, mas faça primeiro o treino muscular porque é mais difícil de manter a performance já que o aeróbico para redução de peso é fraco. Agora no caso de treino visando hipertrofia realmente não devemos incluir treinos aeróbicos prolongados (acima de 30 minutos).
.
E quando queremos reduzir a gordura e ganhar massa muscular, o ideal é fazer o aeróbico imediatamente após o treino muscular com no máximo 20 minutos de duração. Nos dois casos de objetivo de hipertrofia vale ingerir a maltodextrina durante o treino!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mesomorfo, Endomorfo ou Ectomorfo? Pare de perder tempo! Os exercícios certos para cada biotipo.

.
Sabendo qual o seu tipo físico você poderá treinar de acordo para obter resultados melhores e mais rápidos. Basicamente temos 4 tipos predominantes:
.
ENDOMORFO
.
São pessoas de elevado peso corporal que têm tendência a acumular gordura, de formas arredondadas, abdômen saliente e braço e pernas proporcionalmente curtos. O endomorfo tem uma estrutura óssea larga e um metabolismo lento, por isso ganha peso facilmente e apresenta dificuldade para perder gordura. O ideal para esse grupo de pessoas são os trabalhos aeróbicos de longa duração (acima de 40 minutos) de preferência diariamente. Se a musculatura for aumentada nesses casos a aparência corporal será ainda mais atarracada o que não seria indicado, portanto no caso da prática de musculação o ideal são circuitos com varias repetições (acima de 20) e pouca carga (até 50% do máximo). Os homens até não se importam com esse biótipo mas é o pesadelo das mulheres!
.
MESOMORFO
.
É o corpo que aparece nas revistas e que hoje é o padrão de beleza. Esses ganham musculatura muito fácil, tem uma proporção corporal muito boa e baixo percentual de gordura. A sua estrutura óssea e muscular devem ser trabalhadas com o treino clássico da musculação (3 séries de 10 repetições a 75% da carga máxima). Um treino cardirrespiratório também é indicado com duração média (30 minutos a 1 hora) também a 75% da freqüência cardíaca máxima.
.
ECTOMORFO
.
Esse tipo é aquele longilíneo (tipo das modelos de passarela) necessitam de um trabalho muscular muito bem feito para manter a postura adequada. Não tem predisposição para aumentar muito o peso, mas com pouco aumento de gordura ocorre um grande prejuízo estético (falso magro). Para as mulheres esse biótipo é até bem aceito, para os homens já é mais complicado. Agora com muito esforço nos treinamentos e boa alimentação pode-se obter um corpo bonito para os homens, o ideal aqui são cargas elevadas e pouco treino aeróbico.
.
MISTO
.
São as alternâncias entre os tipos, com uma ou mais características de cada grupo. Nesse caso procure a atividade física que melhor se adapta a você, pode levar algum tempo até que descubra onde estão os melhores resultados. Mas isso é raro, você deve se achar em algum tipo predominante.


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Schwarzenegger diz como chegou aos 56 cm de braço...

Depoimento de Arnold Schwarzenegger:
"Como cheguei aos 56 cm de braço!"

Rosca direta roubando: Esse era o meu principal. Usava mais peso que normal para sobrecarregar os bíceps. Mas, você deve ter cuidado, para fazer com que o exercício seja mais difícil e não mais fácil. Qualquer um pode encher uma barra de peso e fazer movimento, usando o corpo todo para isso. Aprender como executar a rosca direita dessa maneira leva algum tempo. Eu usava uma pegada na barra com uma largura um pouco maior que a dos meus ombros, tendo o cuidado de, na parte superior do movimento, não deixar a barra descansar no ombro, para que os bíceps não perdessem a contração.Faça 1 x 10 , 1 x 8, 2 x 6. Sua ultima série tem que ser a mais pesada; se puder, arrume um parceiro para ajudar.

Rosca inclinada com alteres: Nesse segundo exercício, eu utilizava um banco inclinado – e o segredo aqui, é conseguir a máxima extensão dos braços ao descer os alteres. Uma regra básica é que, quanto mais o músculo for alongado no inicio do movimento, maior pode ser contração no final.Faça 5 séries de 8 a 10 repetições.

Rosca alternada com halteres: Esse é um grande exercício para os bíceps, que permite isolar com eficiência esse grupo muscular. Faça sempre supinado os pulsos, aumentando a contração do músculo.Lembre-se: somente os antebraços se movimentam. Procure manter os bíceps colados ao lado do tronco.

Rosca concentrada com halteres: Esse exercício é fantástico para dar a forma de picos ao bíceps. Muitas pessoas fazem sua rosca concentrada sentadas em um banco, ou apoiando o braço nos joelhos; eu prefiro a forma livre, sempre a forma correta.Faça 5 séries de 10 a 12 repetições com cada braço.

Um dos grandes segredos esta em saber treinar com o máximo de dedicação, para conseguir o máximo de resultados. Não se consegue desenvolver braços grandes sem um treino duro e dedicado. Eu digo brutal e duramente. Cada série deve levar o músculo á completa exaustão e, além disso, usando repetições forçadas, drop-sets e outros métodos.

Eu gostava de dividir minha rotina de bíceps em dois grupos distintos: um, com movimentos corretos, e outro, utilizando “roubo”. Nos movimentos corretos, eu fazia com meu braço ficasse em contato com alguma superfície como na rosca concentrada ou rosca Scott e já no outro caso, isso não acontecia, no caso da rosca direta e rosca alternada. Eu sempre preferi esses tipos de exercícios, dos movimentos livres. Meus dois principais exercícios para ganhar massa eram a rosca direta (usando o roubo) e a rosca com hateres, no banco inclinado. Treinava duas vezes por semana, com cargas pesadas, 5 series de 6 a 10 repetições cada.

Já nos exercícios de qualidade, preferia rosca alternada com halteres e rosca concentrada, também com 5 series de 6 a 10 repetições. Esses quatro exercícios, normalmente, constituíam minha rotina de bíceps.Se os fizesse corretamente, não precisava de nenhum outro.